A eleição deste ano mexe diretamente com nossa vida e com os ânimos das pessoas mais próximas de nós já que trata-se daquela onde escolhemos quem governará a esfera mais próxima de nosso cotidiano que é o município. É aqui em nossa cidade que buscamos atendimentos básicos para o nosso dia a dia para solução de variados problemas.
Apesar de muitos atores políticos acharem que a movimentação nesta área está intensa, uma vez que eles estão diuturnamente vivendo nesse ambiente, faltando pouco mais de 3 meses para as eleições municipais, as coisas andam em um ritmo muito lento, diria que quase imperceptíveis, para a maioria do eleitorado brasileiro.
Um dos fatores que ajuda nesse baixo interesse da população na política local, é a indefinição de nomes e coligações a serem apresentados para análise e escolha do eleitor em outubro. E é exatamente nesse ponto que, nessa minha primeira colaboração, quero alertar aos leitores.
Mais recentemente, desde 2013, e posteriormente com o estouro de vários escândalos culminando com a Operação Lava-jato, temos uma busca de “justiça” na política ocorrendo em nosso país. Tanto do lado oposicionista quanto do lado governista, através de atos e dados muito bem organizados de ambos os lados, passamos a ter, com a ajuda do fácil acesso à informação, uma nova mentalidade atuante do povo brasileiro em relação aos conflitos políticos.
Muitos partidos e possíveis candidatos ainda estão em fase de “namoro”, ou no que chamamos tecnicamente de pesquisa de diagnóstico, para saberem qual a melhor possibilidade de nomes, de coligações (ou não) e de metodologia de trabalho para buscar o nosso voto e com isso estão demorando a “pôr o bloco na avenida” uma vez que a legislação permite, em comparação à regra antiga, que haja mais um mês para esses acertos. E essa indefinição pode ser a armadilha ao eleitor que a política tradicional está aplicando.
Na atual legislação eleitoral diminuiu-se o tempo de campanha oficial (o que foi saudado por muita gente) mas como a ampla maioria do eleitorado não tem resposta para a primeira pergunta feita anteriormente, a tendência é que a escolha seja feita como sempre foi, pela emoção e não pela racionalidade. E essa escolha já sabemos como acaba. Reflitamos.
Fredi Camargo – Cientista Político
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