
A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) vai repassar R$ 250 mil ao Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (Consisa-VT) para auxiliar a entidade a pagar compromissos e evitar que o serviço do Samu corra o risco de ser paralisado. A decisão foi tomada na assembleia geral da associação, realizada na sexta-feira (20), em Estrela. Na ocasião os prefeitos também autorizaram um repasse complementar pelas prefeituras, de R$ 1,60 por habitante, em até três parcelas. Os valores serão utilizados para o pagamento da empesa que prestava serviços ao Samu, para a qual são devidos mais de R$ 480 mil.
De acordo com o presidente do Consisa e da Amvat, prefeito Sérgio Marasca, o Estado do RS deve quase R$ 847 mil ao Consórcio, referentes ao repasse dos cinco municípios que possuem bases do Samu – Estrela, Lajeado, Teutônia, Encantado e Arvorezinha. De acordo com Marasca, a situação é grave, pois para a nova empresa que assumiu o serviço, o Consisa já deve mais de R$ 78 mil. “Esta sangria é problema do Estado, mas o Consisa contratou as empresas em nome dos municípios e elas devem receber”, desabafou o presidente.
Os prefeitos presentes à assembleia defenderam o auxílio da Amvat para a manutenção dos serviços do Samu, mas também medidas mais fortes contra o Estado, como uma ação judicial para garantir os pagamentos em dia. “Devemos pagar, mas entrar imediatamente com uma ação judicial contra o Estado”, afirmou o prefeito de Imigrante, Celso Kaplan. “Não temos outra saída a não ser pagar a dívida, mas ficar sem o Samu não é possível”, acrescentou o prefeito de Rosa Sales, Nélio Vuaden. Os prefeitos de Encantado e Estrela reforçaram a necessidade de uma ação judicial contra o Estado. “Não vejo como ficar sem o Samu. Temos que pagar, mesmo que tenhamos que suspender outros projetos”, disse Paulo Costi.
O presidente Sérgio Marasca informou que será marcada uma reunião com representantes dos cinco municípios que têm bases do Samu, a qual deve ocorrer ainda esta semana, para definir sobre o ingresso de uma ação judicial contra o Estado. “Mas o que temos que estancar, neste momento, é o débito. Não queríamos chegar ao extremo, mas não houver outra alternativa, será ajuizada a ação”, assinalou.
Assessoria de Imprensa da AMVAT